Hipotecar o futuro. A que preço?

Na última Assembleia Municipal foi autorizado, por maioria, um empréstimo no valor de 2.5 milhões de euros(500 mil contos), pelo prazo de 20 anos.
Votei contra.

Na verdade, há antes de mais, que atender ao quadro da crise económica/financeira actual, sem efeitos e/ou terminus susceptíveis de previsão e, concomitantemente, à realização daqui a 6 meses de eleições.

Assim sendo, a autorização para tal efeito é, sem dúvida, de questionável ética política e isto, se tivermos em consideração, quer o montante, quer o prazo para pagamento respectivo pois, ultrapassa, largamente, o horizonte temporal da vigência deste mandato, hipotecando, o êxito futuro da sua celebração uma vez que é inexistente - pelo menos não me foi dado a conhecer - qualquer estudo financeiro que o suporte ou o sustente.

Cumpre-me salientar, que votei favoravelmente o outro empréstimo no valor de 972.000 euros ao abrigo do PREDE(Programa de Regularização Extraordinário de Dívidas do Estado) por se tratar de um empréstimo para fazer face ao pagamento de dívidas a fornecedores por parte do Município.

Sou de parecer que a celebração daquele contrato de mútuo financeiro no valor de 2.5 milhões de euros, hipotecará, para sempre, o futuro deste nosso concelho cada vez mais desertificado e sem uma estratégia sustentável por parte dos nossos políticos para evitar tal efeito.

Eu até avisei...